Beijo e batom: conheça a história do mais icônico item de maquiagem

O Dia do Beijo é celebrado em 13 de abril, e nenhum produto de beleza combina mais com a data do que o batom. A trajetória desse item se entrelaça com a história da humanidade, e permanece como destaque quando o assunto é maquiagem. Por um período escondido pelas máscaras, com o fim da pandemia o artigo retomou força e registrou um aumento de 35% nas vendas no Brasil, de acordo com dados da The NPD Group, número que reflete a preferência e desejo feminino pelo batom.

Os primeiros registros de pintura labial datam de cerca de 5000 anos a.C., na região da Suméria, onde hoje fica o Iraque. Diversos componentes eram usados para criar a cor como beterraba, insetos moídos e até sangue. No Antigo Egito, o batom era usado diariamente tanto por homens quanto mulheres, e era símbolo de status social. Já na Grécia, o item era de uso obrigatório das garotas de programa, e era lei que essas mulheres usassem o batom como forma de serem identificadas nas ruas.

No decorrer da história, essa maquiagem passou a tomar o viés de algo escandaloso e imoral. Durante a Idade Média, o batom chegou a ser proibido. Em 1653, um pastor inglês liderou um movimento contra o batom vermelho, que chamava o item de ‘trabalho do diabo’. Quem o usasse poderia ser considerada bruxa e queimada na fogueira.

Foi só no século XX que o batom realmente ganhou força e voltou a se popularizar como item de beleza favorito das mulheres. Em 1912, durante uma marcha do movimento sufragista pelo direito ao voto, em Nova York, a cosmetóloga Elizabeth Arden distribuiu cerca de 15 mil unidades de batons para as mulheres presentes no protesto, e foi a partir daí que esse item deu os primeiros passos para ser considerado símbolo da resistência e luta feminina.

Uma curiosidade histórica sobre o batom é que, apesar do racionamento de alimentos e combustível durante a Segunda Guerra Mundial, esse item de beleza foi considerado produto de primeira necessidade. Winston Churchill acreditava que o uso das pinturas labiais elevava o ânimo da população, e fazia com que as mulheres se sentissem atraentes, fortes e seguras – emoções importantes em um período tão conturbado. Assim, o batom passou a ser distribuído gratuitamente na Inglaterra. Em 1941, a Vogue publica: “agora, mais do que nunca, a beleza é seu dever”.

A partir de então, a afeição por esse queridinho só cresceu ao redor do globo, e hoje é o item de beleza mais vendido mundialmente, ganhando formatos, cores, texturas e acabamentos dos mais variados. Mesmo depois de tanto tempo, o batom continua a empoderar quem o usa.

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por Mariana Requena