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O câncer de mama é o mais frequente em mulheres, com aproximadamente 2,1 milhão de novos casos no mundo, anualmente, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) em 2018. A previsão é de que sejam somadas 66.280 novas ocorrências da doença em 2020, isso apenas no Brasil, onde representa 16,5% do total de óbitos por câncer na população feminina. Diante deste cenário, e com o objetivo de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, a campanha Outubro Rosa surgiu em 1990, na cidade de Nova York, e, desde então, espalhou-se pelo mundo.
De acordo com Fernando Medina, oncologista, o câncer de mama se caracteriza por um crescimento desordenado das células mamárias, que ocorre após a mutação destas, e pode se espalhar para outros órgãos por meio dos vasos sanguíneos. “A célula cancerígena torna-se imortal, se divide sem parar, invadindo e danificando os tecidos normais”, explica. “Os primeiros sinais mais comuns da doença são os famosos nódulos, ou ‘caroços’, que podem aparecem nas mamas ou axilas, e quanto antes tratada maiores são as chances de cura, por isso a importância do diagnóstico precoce”.
O médico afirma que, além dos exames periódicos, como a mamografia, o autoexame é uma das principais portas para a descoberta de nódulos que possam significar um câncer nas mamas, e é indicado para todas as mulheres a partir dos 20 anos. Se quaisquer indicações de um tumor forem percebidas, como caroços na axilas, inchaço na mama ou secreção de líquido pelo mamilo, é importante procurar um mastologista para a realização de uma verificação mais detalhada. Na maioria das vezes, os nódulos são benignos – podendo se tratar de furúnculos ou inflamações -, mas prevenção nunca é de mais.
A digital influencer Adriana Félix, 37, conhece bem o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, pois já enfrentou e superou a doença aos 34 anos. Jovem e sem histórico de câncer na família, ela percebeu um caroço no seio esquerdo durante um autoexame em casa, e recebeu o diagnóstico junto a um grande susto. “Eu jamais imaginei que isso pudesse acontecer comigo, perdi meu chão quando descobri”, relembra. “Além do medo pela minha vida, a doença, em seu início, afetou também a minha autoestima, pois eu já trabalhava com beleza no Instagram, e sabia que teria uma grande mudança na aparência”.
O câncer encarado por Adriana, chamado Triplo-Negativo, é considerado uma forma rara e agressiva da doença, com desenvolvimento rápido, e que atinge apenas cerca de 10% das pacientes. O protocolo de intervenção foi intenso: quatro sessões de quimioterapia vermelha (com base em medicamentos antracíclicos), 12 de quimioterapia branca (ampla gama de outros medicamentos como ciclofosfamida, taxanos e gencitabina), 35 sessões de radioterapia e uma cirurgia. A paciente precisou colocar sua força em teste, com apoio da família e amigos.
Aos 14 dias de tratamento teve início a queda capilar. Adriana também perdeu os cílios, sobrancelhas e engordou 14 quilos. “No começo foi muito difícil, mas depois entendi que fazia parte do processo da minha cura e o que importava naquele momento era ficar firme na luta rumo à vitória, então me adaptei à situação e me reinventei”, conta ela, que se lembra de investir em sua autoestima com o uso de lenços e cílios postiços.
O médico Fernando Medina afirma que lidar com as mudanças na aparência é um grande desafio para as pacientes que lutam contra o câncer de mama. “Os seios representam beleza e sexualidade para as mulheres e a doença, somada às possíveis transformações causadas pelo tratamento, como a perda dos cabelos e sobrancelhas, afetam muito o psicológico das pacientes”, conta. “É importante buscar apoio psicológico nesses casos e, se desejar, optar por procedimentos que possam amenizar as mudanças, como as micropigmentações”.
Depois de oito meses de tratamento, Adriana Félix recorda do dia em que recebeu o laudo de cura como um milagre: o câncer agressivo havia regredido, e agora ela lidava com uma forma mais branda da doença, que foi tratada com medicação. “Olho para trás com orgulho de toda a minha trajetória e com uma nova visão da vida. Dou valor a tudo pelo que passei, um processo doloroso, mas também um grande aprendizado para me transformar na mulher que sou hoje”, declara.
O oncologista Medina garante que, ainda que assustador, o diagnóstico de câncer não precisa ser tratado como sentença de morte. “A medicina oncológica evoluiu muito nos últimos anos e hoje podemos oferecer tratamentos efetivos e que ofereçam uma melhor sobrevida aos pacientes”, informa. “Deve-se manter a esperança, pois há cura em grande parte dos casos”.
Na última segunda-feira (05), a Danny Cosméticos promoveu uma aula de automaquiagem para as pacientes do Centro de Oncologia Campinas, no interior de São Paulo. O objetivo da ação, que faz parte da campanha Outubro Rosa da Rede Danny, foi fortalecer a autoimagem e cuidado das mulheres que enfrentam o câncer de mama.
O evento, realizado com o uso de máscaras e distanciamento social, envolveu também palestras sobre o tema, relatos de pacientes que superaram a doença, entrega de brindes e sorteio de prêmios. Débora Lagranha, coordenadora do Centro Técnico da Danny em Campinas e responsável pela aula de maquiagem para olhos, define o encontro como um momento gratificante. “Me emocionei diversas vezes com as histórias compartilhadas por aquelas mulheres tão fortes”, diz. “Foi uma ação muito proveitosa e cheia de emoção”.
Apoie a causa:
Casa Rosa Beleza do Bem
*Doações de cabelo para crianças e mulheres em tratamento;
Av. Rui Barbosa, 323 – Centro / São José dos Campos – SP
Tel.: (12) 3941-9025 | Instagram: @casarosasjc
Centro de Oncologia Campinas
*Clínica de tratamento contra o câncer;
Rua Alberto de Salvo, 311 – Barão Geraldo / Campinas – SP
Tel.: (19) 3787-3400 | Instagram: @coc_oncologia
Rosa do Bem
*Exames gratuitos;
Tel.: (19) 9 7401-9063 | Instagram: @rosadobem.oficial
por Mariana Requena